A alta nos preços dos alimentos e dos combustíveis puxaram a inflação brasileira em novembro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês com alta de 1,01%, ante uma variação de 0,82% em outubro, informou na manhã desta quarta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior taxa para novembro desde 2002, quando chegou a 3,02%. Com a variação, a taxa acumulada no ano foi de 9,62%, e o resultado em 12 meses ficou em 10,48%, bem acima do teto da meta estipulada pelo governo, de 6,5%. Essa é a primeira vez que a inflação acumula uma taxa de dois dígitos desde novembro de 2003, quando ficou em 11,03%.
Os combustíveis, pelo segundo mês consecutivo, teve influência significativa nas despesas das famílias (5,14% de peso no IPCA). O preço do litro da gasolina ficou 3,21% mais caro para o consumidor. Levando em conta outubro e novembro, a alta correspondeu a 8,42% nas bombas, motivada pelo reajuste de 6% vigente em nível das refinarias desde 30 de setembro. Em relação ao acumulado no ano, os preços subiram 18,61%.
No caso do etanol, os preços subiram 9,31%. A alta chegou a 26,10% no ano. Quanto ao óleo diesel, os preços aumentaram 1,76% e, junto com a taxa de outubro, acumularam 5,08%, refletindo, nas bombas, o reajuste de 4% nas refinarias, também desde 30 de setembro. Em relação ao ano, a alta está em 12,75%.
Segundo o IBGE, por grupo, os gastos com alimentos e bebidas, que ficaram 1,83% mais caros de outubro para novembro, puxaram a alta do o índice em novembro. Os itens comprados para consumo dentro de casa subiram 2,46% e as refeições fora de casa ficaram 9,67% mais caras. Pesaram o bolso do consumidor a batata-inglesa (27,46%), o tomate (24,65%), o açúcar cristal (15,11%) e o refinado (13,15%).
O IPCA, calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 28 de outubro a 27 de novembro de 2015 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de setembro a 27 de outubro de 2015 (base).
Com agências