A internet 4G não funciona direito no Brasil. Ora, ora… temos um Sherlock Holmes
entre nós. Brincadeiras à parte, é isso que mostra o relatório de fevereiro da empresa britânica OpenSignal, que avalia a qualidade da internet de 88 países.
Segundo a pesquisa, o Brasil fica em 52º lugar no ranking de velocidade, e em
78º em disponibilidade das redes.
Para se ter uma ideia, a velocidade para downloads em Cingapura é de nada
menos que 44,31 Mbps, enquanto no Brasil é de 19,67 Mpbs.
Confira o top 10 do 4G:
1. Cingapura – 44,31 Mbps
2. Holanda – 42,12 Mbps
3. Noruega – 41,20 Mbps
4. Coreia do Sul – 40,44 Mbps
5. Hungria – 39,18 Mbps
6. Bélgica – 36,13 Mbps
7. Austrália – 36,08 Mbps
8. Nova Zelândia – 33,52 Mbps
9. Bulgária – 33,34 Mbps
10. Dinamarca – 33,09 Mbps
Quando a média de velocidade considera também o 3G, caímos para o 53º lugar,
com uma média de 8,82 Mbps –contra 37,54 Mbps da líder, a Coreia do Sul. Deve
ser por isso, que ficamos 53,48% do tempo no Wi-Fi, ocupando o 27º lugar.
Segundo a OpenSignal, a velocidade do 4G de um país depende de muitos fatores,
como: quanto da rede é dedicado ao padrão LTE (Long Term Evolution), qual
a densidade da rede, quanto ela sofre com congestionamentos e se
foram adotadas novas tecnologias. Os países no topo da lista costumam ter o
padrão mais moderno (LTE-Advanced).
“O mundo ainda está esperando sua próxima grande infusão de velocidade. Há
mais de um ano, os países mais rápidos do mundo estão estagnados, aproximandose,
mas não superando o limite de 50 Mbps para uma velocidade média de 4G”,
ressalta o documento, que fez 58,7 bilhões de medidas, em 4,8 milhões de
aparelhos, durante outubro e dezembro de 2017.
Disponibilidade
Por outro lado, em geral, o que não ganhou em velocidade ganhou no alcance. “A
disponibilidade do 4G continua a se expandir em todo o mundo a um ritmo
constante”, diz o texto.
Menos no Brasil. No ranking do alcance, estamos no 78º lugar de 88, com 61,26%,
na frente apenas de República Dominicana, Armênia, Costa Rica, Belarus, Irlanda,
Equador, Egito, Sri Lanka, El Salvador e Argélia.
Na Coreia do Sul e no Japão, que lideram o ranking, a disponibilidade da rede é de
mais de 94%.
A pesquisa não mede cobertura geográfica, mas a proporção de tempo que os
usuários têm acesso a uma determinada rede.