Não basta estudar, se profissionalizar e atuar no mercado de trabalho, tem que fazer a diferença. Afinal, como bem disse o britânico Benjamin Disraeli, a vida é muita curta para ser pequena.
E ser diferente não é necessariamente possuir diplomas ou fama, pelo contrário, é intervir positivamente na vida dos outros quando oportunidades lhe são dadas, colocando suas virtudes a disposição de quem precisa.
Foi exatamente o que fez o filho de Gerlane e Fernando, o médico cirurgião Geraldo Camilo Neto – o neto do inesquecível Dr Geraldo Camilo – ao defender e mostrar viável o Serviço Municipal de Cirurgias Bariátricas da Prefeitura de João Pessoa. Agora, no Hospital Santa Isabel, pacientes terão acesso ao procedimento bariátrico via SUS – Sistema Único de Saúde.
Um imenso avanço que por vezes foi defendido por Dr Geraldo Camilo Neto. O lastro de benefícios será marcante e incentivará outras cidades a copiar o modelo. A história nos mostrará que um médico guarabirense abandonou o espírito do mais do mesmo e abraçou a ousadia como companheira de jornada.
Mas é exatamente o que faz as pequenas águias: elas olham os pais, como eles voam, aperfeiçoam e começam a voar. Que continue voando alto o médico Geraldinho (como era chamado pelo o avó), que coordenará esse serviço na capital paraibana, pois as referências ele já as tem em casa. Para qualquer lado do ninho familiar que olhar verá o voo seguro de uma águia experiente, é só imitar a performance e seguir.
Escreveu Dr Geraldo Camilo Neto nas redes sociais: “Minha formação em cirurgia digestiva foi bastante diversa; ao longo dos meus anos de residência tive a oportunidade de ser treinado em cirurgias de urgência/emergência, câncer do aparelho digestivo, coloproctologia, mas na cirurgia bariátrica encontrei um fator que sempre me chamou a atenção: melhor que o ato cirúrgico em si, o pós operatório também era fascinante. Observar a mudança da qualidade de vida que era proporcionada pelo controle da obesidade é algo extremamente gratificante”.
E arrematou: “Próximo do fim da minha formação e já vislumbrando a volta para casa, um dos meus objetivos era tentar oferecer o tratamento cirúrgico a pacientes com obesidade pelo SUS. No Brasil, a oferta desse tipo de tratamento pelo sistema público é extremamente limitada e sofreu impacto ainda maior durante a pandemia, com uma queda de 70% do total de procedimentos”.
Rafael San