Um grupo de pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, realizaram um estudo para determinar quão eficazes são as vacinas Oxford/AstraZeneca e Pfizer/BioNTech no estímulo à produção dos anticorpos neutralizantes contra a Ômicron, variante do coronavírus identificada há poucos meses e teve novos casos identificados no Brasil.
A pesquisa revelou que a imunização com duas doses tanto da AstraZeneca quanto da Pfizer não conseguem gerar uma resposta imunológica satisfatória contra a variante Ômicron, isto é, induzem a pouca produção de anticorpos neutralizantes que agem para impedir que o vírus consiga se ligar às células humanas e forçar sua reprodução no organismo.
Conforme explica o estudo, o experimento utilizou amostras sanguíneas de várias pessoas que receberam a imunização completa com as respectivas vacinas e contou com o método Com-COV em um vírus vivo da nova cepa. Foi identificado no decorrer da pesquisa que a taxa de anticorpos permaneceu abaixo do detectável na maioria dos participantes, exceto em um.
Segundo os cientistas, no imunizante da Pfizer/BioNTech a queda na produção de anticorpos neutralizantes foi de 29,8%, número que preocupa os pesquisadores quanto a possibilidade de uma nova onda de contágio propagada pela variante Ômicron do Sars-Cov-2.
O estudo não contou com a participação de nenhuma pessoa vacinada com a dose de reforço, por conta disso não é possível pressupor a quantidade de anticorpos neutralizantes gerados em quem recebeu três aplicações, porém os pesquisadores estão otimistas quanto a resposta gerada no organismo com a dose adicional.
“Esses dados ajudarão aqueles que estão desenvolvendo vacinas e estratégias de vacinação a determinar as rotas para melhor proteger suas populações e transmitir a mensagem de que aqueles que estão elegíveis ao reforço devem tomá-lo”
Do ManchetePB
Com Tudo Celular